A taxa de abandono escolar no primeiro ano do Ensino Médio alcançou 8,6% dos alunos e a taxa de reprovação ficou em 17,3%, segundo a última edição da Avaliação Nacional de Alfabetização.
Os dados revelam que cerca de 25% dos alunos desistem da escola ou são reprovados logo no início do ciclo do Ensino Médio. Essa situação aparece refletida na trajetória de evolução do
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) e revelam lacunas de aprendizado herdadas do Ensino Fundamental.
Proposta encaminhada pela Confederação Nacional da Indústria, a CNI, aos presidenciáveis, traz a importância de se debruçar sobre o problema; e como sugestão para isso, correr atrás das metas estipuladas pelo Plano Nacional de Educação (PNE).
Segundo o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), Rafael Lucchesi, a educação de jovens e adultos associada a uma educação profissionalizante teria um papel emancipador e transformador na vida dessas pessoas.
“Certamente esse é um ponto de atenção, temos que mudar a forma de como nós fazemos a educação de jovens e adultos, temos aqui um grau de concluintes, uma taxa de conclusão muito baixa, é menos de 10% dos matriculados, contingente de matrícula tem caído nos últimos 10 anos. Em 2017, apenas 3,6 milhões desse contingente imenso de 77 milhões de brasileiros buscou ou conseguiu efetivar a matrícula na educação de jovens e adultos, então certamente precisamos melhorar muito.”
O PNE tem 20 metas, entre elas triplicar as matrículas da Educação Profissional Técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% da expansão no segmento público; e oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma integrada à educação profissional.